Sob o olhar de um palhaço

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domingo, 31 de outubro de 2010

Teatro de Fantoches


Quantas vezes me enganei
Com os tombos aprendi
Não vou mais ouvir ninguém
Sempre te idealizei
Em histórias que eu criei
De um amor que eu não vivi
Agora que você me fez sorrir
Vamos nos permitir
Me importa o que possa acontecer
Eu esperava por você

Não vou mais me sufocar
Não consigo disfarçar
O que eu sinto, ta na cara
Sempre me preocupei
Em não machucar ninguém
E agora, o que eu colhi
Mais eu não vou desistir
Você me faz feliz
Paciência, não quero ser mais um normal
Apenas um fantoche
No teatro da vida real

Meu desespero, minha loucura
Você é minha cura
Algo proibido
Um sentimento bandido
Feito o segredo de um melhor amigo
Te fotografo, pra te enxergar
De olhos fechados
Naquele beijo interminável
O teu gosto eternizado


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Por Viver

É sempre assim, quando você chega perto de mim, fico inseguro
Você sorri e me desarma, feito uma criança, me sinto imaturo
Tento disfarçar os meus desejos e até minto pra mim mesmo
Que eu não quero o teu beijo
Mas o que seria do meu amanhã?
Acho até que eu tentaria me recompor
E certamente sem você
Seria só viver por viver
No teu olhar eu não encontro as respostas
Pras coisas que eu quero entender
O teu jeito certinho e o meu all star de botas
Não combinam em nada mais fazer o quê?
Se eu tento disfarçar os meus desejos e até minto pra mim mesmo
Que eu não quero o teu beijo
Mais o que seria do meu amanhã?
Acho até que eu tentaria me recompor
E certamente sem você
Seria só viver por viver


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

TeRrA dA fAnTaSiA

Faz tanto tempo mas não me esqueci
Das histórias que minha avó contava
Ontem a noite quando fui dormir
Eu embarquei em uma jornada
Peguei carona no cometa Haley
Tentei chegar na Terra do Nunca
Com Hobin Hood, brinquei na floresta
E até dancei ciranda com a Cuca
Eu vi Madona sair da padaria
Enquanto A Monalisa, já sorria
Eu vi o Conde Drácula na praia
Curtindo aquele sol do meio dia
Beatles e Stones, tocando juntos
E o palhaço Bozo de luto
A Cinderela e toda a rebeldia
Joana Darc, e sua magia

Mais não apaga a luz,
Eu tenho medo do Bicho Papão
Pior se Hitler, fosse brasileiro
E extraterrestres tivessem passaportes estrangeiros

Brinquei de guerra de bola de neve
Com os Elphos do Papai Noel
Eu fiz corrida com o Papa Léguas
E as bruxas me levaram até o céu
Cacei dragões, fugi de gigantes
Sereias me levaram até Atlântis
Eu até virei melhor amigo do Corcunda de Notre Dame
Travei batalhas ao lado do Zorro
Andei na estrada de tijolos de ouro
Com Herb, se o meu fusca falasse
Dancei na chuva com o Charlie Chaplin
Mais não apaga a luz
Eu tenho medo do Lobo Mau
Dia dos bobos não é em Dezembro
E coelho da Páscoa não vem na noite de Natal

Comi com índios e até fui pirata
Eu encontrei a lâmpada encantada
Fiz serenata para a Rapunzel
Eu empurrei a madrasta da escada
Dei volta ao mundo em alguns segundos
Com Perna Longa me meti em apuros
Com Mickey Mouse, fiz uma viagem
Eu fui Jedí, na caravana da coragem
Escrevi meu nome no muro de Berlin
Preguei madeiras na Arca de Noé
Romeu e Julieta, perguntaram pra mim
Quem é melhor o Maradona ou Pelé

Segui o arco íris, pra encontrar o pote de ouro
João subia no pé de feijão
Indiana Jones procurava um tesouro
Fevereiro sempre acaba mais cedo
O Pinóquio era pra ser um brinquedo
A Emília não guarda um segredo
Voei com Peter Pan, e não tive medo não


Com um toque de magia
A noite vira dia
Quem não foi criança
Na Terra da Fantasia

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Villarejo

Em um distante e velho villarejo, vivia um jovem plebeu
Filho de uma parteira e um sapateiro
Vendia flores em seu realejo
Ouvia histórias de um reino distante, sob a sombra de um velho carvalho
Era um bruxo da aldeia vizinha que lhe falava desse mundo mágico
Gostava de caçar vaga-lumes, pra ele estrelas que desciam pra brincar no chão
Corria pelo bosque como se estivesse fugindo do calor do fogo de um dragão
Dançam as fadas sobre a sua cabeça, e o vento sopra uma canção
A meia noite nessa lua não adormeça, terra, fogo, água, ar e coração

Em um final de tarde como em outro qualquer
O jovem plebeu correu em direção ao velho carvalho          
  Para ouvir mais histórias do seu amigo bruxo
Só que a estação das flores já havia partido
E como fazia muito calor
Resolveu parar em um lago
O jovem, desapareceu
Dizem que foi enfeitiçado pelo canto de uma bela sereia
E acabou sendo engolido pela dança das águas daquele mesmo rio
O bruxo, seu amigo
Conta isso até hoje
Como mais uma de suas histórias
E o velho carvalho
Chora todos os finais de tarde daquela mesma estação

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Festa, Sexo e Poesia

Não me empurre de um precipício
E nem dispare palavras duras,
Me deixe só
Não vá embora pela rua escura
E meu amor não me diga nunca mais
Já vai passar

Hoje eu quero festa, sexo e poesia
Sou teu gigolô e você minha vadia
O amor deixa pra amanhã
Hoje eu quero fantasia

Não disfarça, entre e feche a porta
Esqueça o resto do mundo
Hoje não importa

Vamos sair da monotonia
Chocolate e cenas de pornografia
Sou filho único, ateu e um burguês
Você é uma prostituta em um porto inglês
E quem se importa com minha loucura
Não quero ser como vocês

Hoje eu quero festa, sexo e poesia
Sou teu gigolô e você minha vadia
O amor deixa pra amanhã
Hoje eu quero fantasia




O carnaval já passou
Apaga a luz e liga o som
Quero fazer amor ouvindo e tua voz em rock and roll