Sob o olhar de um palhaço

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Outros Tempos

Eu vou falar a verdade
Só não sei o que vou dizer
A tempestade não veio
Mais eu acho que vai chover
Sou cavalo selvagem
Não faz assim, não tente me prender
Jogue uma pedra no mar
Só pra ver o quanto vai quicar

Vamos sair, pra caçar vaga-lumes
Eu te dei as estrelas e hoje a lua não veio
Acho que foi por ciúmes
E eu sempre acreditei que as nuvens eram realmente de algodão
Então deitava na grama, assoviava canções enquanto as folhas caiam no chão

Vamos fazer isso tudo baby
Eu quero ser criança
O tempo não devolve o que roubou
Mas nos restam as lembranças

Vou te levar em casa
E contar os passos da minha porta até a tua
E voltar pulando os traços das calçadas pelas ruas
Eu tinha medo de palhaços
E nunca vi nenhum chorando
A brincadeira escondida
Meninos armados, meninas descobrindo a vida
A inocência foi perdida e a fantasia deu lugar a hiper-atividade
Por onde andam os passeios
Sol a pino em um domingo a tarde
Dar pipoca aos pombos e esperar o carnaval chegar
Ler um livro, Ir ao cinema, ver o pôr do sol
Sentir o ar

Outros tempos
Outros ventos
Não somos mais os mesmos

Outros tempos
Outros ventos
Mais os mesmos


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